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Desenho, 2017 - 2018, 152 cm x 600 cm, carvão sobre papel.


Volta ao blog, na tentativa de registrar passos da nova exposição deste ano, em que completo 70 anos.

2018, Voltamos...  


22 de janeiro de 2012.


Já!..... Este ano promete passar voando!

Imagino iniciar agora um verdadeiro blog, acompanhando o processo de realizacão da minha exposição ou exposições que terei neste ano de 2012. Tenho livre o processo, faço o que gosto sem muitas preocupações, a não ser a enorme exigência comigo mesma.

Aos 63 anos, aprendi o descomprometimento com o outro, seja a crítica, seja quem for.
O produto da minha criatividade está aí. É o que vou deixar senão para os meus filhos Affonso e Gustavo, mas também para os meus netos Gabriel e Amelie. Espero que lembrem de mim como alguém que sempre procurou fazer o melhor, dentro do limite dos seus passos.

Tenho montados alguns trabalhos e eles me dão um índice para onde caminhar. Gosto muítissimo da matéria, especialmente a ferrugem. Seleciono aleatoriamente suportes e fragmentos de materiais, seguindo um impulso totalmente naif. Gosto deles, me atrem e dizem alguma coisa mesmo de maneira inconsciente. É nesta sinalização que caminharei. Os destroços organizados sob o meu olhar, a lembrança de uma outra época no presente. Acaricio cada pedaço com especial carinho, quero dar-lhe uma nova vida, uma outra importância. Elas irão se encontrar e dialogar: comigo e espero, com o outro. Espero que cada olhar perceba a intenção, a minha procura. A imagem estará sempre presente, não posso abdicar dela, é outra obsessão, até que (talvez) se esgote. A imagem do ser humano, principalmente, mesmo em fragmentos. E tem algo mais intrigante que o ser humano?



14 de agosto de 2010, sábado, inverno.

Abaixo imagens de alguns trabalhos realizados nas semanas que passaram. 'Paisagem Imaginária' de 22cm x 62.5cm, de Alice Hoffmann, está abaixo. É um longo trabalho em tela sobre madeira e técnica mista.




Neste tempo produzi o que pude, como as pessoas gostam de dizer para driblar a falta de disciplina ou esforço extra ou ainda a identificação de prioridades. Isso para tudo na vida, como 'faço o que posso por alguém', como se isso fosse suficiente. Nunca é, sempre podemos mais, ao meu ver ao menos! Pois bem, produzi pequenas obras que já tiveram seus destinos. Anexo a imagem do trabalho 'Alma Gêmea', de 52cm x 62cm, coleção de Nivian Barros e acima, a 'Paisagem Imaginária' de 22cm x 62.5cm, de Alice Hoffmann.









26 de junho de 2010. Chove. Sábado, consegui acabar mais um trabalho que está agora postado nos "Pequenos Formatos". Chama-se "Clarissa, Tiago e Clara". Faz parte de uma longa série de pequenas assemblages que estou produzindo por mais de década. Nelas agrupo pedaços de memória: convite de casamento, fotos, retalhos de cartas, rendas, a gaveta de guardados, lembranças. Minha intenção é a organização daqueles objetos que todos temos escondidos em caixas atrás das nossas roupas. Gosto deles, mas nunca sei a resposta do colecionador. Geralmente são surpresas, e estas memórias ou pedaços delas às vezes podem nos levar para áreas que não lidamos muito bem. Nossa subjetividade é uma incógnita. Há também aqueles trabalhos que são feitos para um novo casal e quando a relação é quebrada, o destino da obra é outra incógnita. Vivi estes problemas e confesso que me pergunto onde elas estarão, se foram destruidas, divididas, sorteadas? Pena não poder resgatá-las, dar-lhes um novo olhar.


Trabalho na mesma série com suporte de tecido. É o 'Swimmer' e vai para a Inglaterra,
fazer parte da coleção de Mark Simeon Asquith em Londres. Gosto dele. De alguma forma, esta imagem foi cortada da sequência em que estava, portanto faz parte da produção de 2009.





Trabalho de junho de 2010






Pintura que comecei alguns meses ou anos atrás no estúdio da grande amiga e pintora Beatriz Susin e que foi novamente trabalhada. É uma acrílica sobre MDF e mede 80cm x 80cm.

Chamo-a "Para Sempre" porque é assim que imagino as uniões das pessoas. Ou é assim que penso que elas devem ou deveriam iniciar e permanecer. Muitos foram os signos colocados e escondidos. Mas as figuras são visíveis e em harmonia.

Faz hoje parte da coleção do casal Rodrigo Ribas, em Santa Maria, RS. Junho de 2010.






Então, às vezes gosto de retornar a trabalhos antigos e dar-lhes nova vida. Eles estão lá, nas minhas gavetas, esperando. Hoje, retrabalhei uma imagem de 1994(!) e gostei. Trata-se de uma gravura em metal que adquiriu personalidade própria. Fala da vida, da passagem do tempo. Imagem de 30cm x 22.5cm, que chamo de "Figuras", acima fotografada. trabalho de 1994 e 2010. Coleção Lúcia Blaya, Porto Alegre.



Trabalhei neste projeto por várias etapas. É um longo de 47cm x 157cm. Base fibra de vidro, técnica mista, colagens. Fala do percurso de alguém, pode ser eu ou você. Vejo-o como um trabalho de inspiração otimista: o andar, o renovar-se, o aprimorar-se.

Março de 2010. Coleção Luthiana Carpes, Porto Alegre, RS.




Fevereiro de 2010. Muito calor, muitos afazeres, produção baixa. Anexo o trabalho das pernas, realizado sobre tecido, como alguns postados no blog. As pernas são referentes ao impacto que tive ao assistir a um vídeo de aulas de dança - tango! - cuja fonte foi uma filmagem super-oito. Colagem, costura, técnica mista.

Produto final, 19 de janeiro de 2010. Falta ainda assinar.

Afinal, ainda creio que trabalharei muito mais.


Em andamento, quero manter a simplicidade.


Em 16 de janeiro de 2010.

05.set.2009
as fotos podem ser visualizadas em tamanho maior, basta um clic!

19 de janeiro, o trabalho mudou um pouco, entra mais preto. Sou muito dificil de me contentar, mas hoje dou valor ao trabalho, a mudança e principalmente o desafio. Com esta disposição, aproveito minha música e os momentos solitários do estúdio. Viva o silêncio de janeiro!

Volto ao estúdio, já nos primeiros dias de 2010. Hoje, 16 de janeiro. Tenho muito a fazer neste ano. Estou trabalhando com um papel formato 80cm x 130cm. Técnica mista, motivos selecionados: a ponte que tem aparecido nos últimos anos, as árvores secas, natureza, figura humana via meus netinhos, os bebês da minha vida. Um pouco de cor, mas muito cinza, prata, branco e preto. Adoro a técnica do desenho, me faz feliz trabalhar sobre papel. Não há dúvida que alí está o mais puro registro. Amanhã continuarei trabalhando e quem sabe postarei uma imagem.



Esta piscina transformou-se várias vezes. Está diferente e 'escondida', para que eu a esqueça um pouco. Talvez nenhum trabalho tenha me dado tanto o que pensar. Suporte: fibra de vidro -rústica, áspera, translúcida, rica. Camadas de tinta acrílica e óleo, assim como pó de mármore. Meus pincéis sofreram no dia a dia. Mas o que me agrada é este processo, o desfazer, o transformar-se. Estou sem pressa, o desafio é fascinante.



Minha piscina transformou-se, adquiriu formas estranhas. Aliás, estas formas estão me acompanhando há algum tempo. Estou mais feliz com o resultado, mas admito que ainda tenho que alterar algo. As áreas negras da fase anterior ainda me atraem.

Abaixo, o longo trabalho...

A mesma imagem que postei há algum tempo atrás. Deixei-a de lado e depois coloquei imagens minhas, como Amelie, minha primeira neta ainda gatinhando, e nadadores. Afinal, retornei para a natação após anos de afastamento. Amo a água! Esta imagem em seu conjunto é uma pequena parcela da minha vida, recortes de momentos importantes ou não. Eles vêm de qualquer jeito e as aprecio, acato-as, acho um lugar para cada uma.





Este é um estudo de 88cm x 238cm, sobre tecido. Ainda em andamento, procuro o verdadeiro sentido das imagens de pernas, movimento, muletas. Há alguns meses assisti a um vídeo interessante contendo aulas de dança, originalmente realizado em 'Super 8'. A transferência de media permitiu uma maravilhosa aparência de aquarela, em movimento, que realmente impressionou-me... Paralelamente sofri duas cirurgias de coluna, foco de uma intensa reflexão sobre o fato do andar, do poder movimentar-se.
Meu trabalho sempre foi auto-centrado, é algo instintivo. Minha defesa de tese no Mestrado realizado nos Estados Unidos intitulou-se "Fragments of a Life, Constructing a Personal Story". Trabalho com arte por mais de 35 anos, e hoje minha produção reflete os anos de maturidade, de uma maior noção da finitude.
Nestes últimos dez anos diversifiquei meu tempo: organizei e dirigi a Casa 26 - Equipe de Artes, que por dois anos contribuiu para a cultura de Porto Alegre. Logo após fui convidada a lecionar na minha universidade, a Ball State University, nos Estados Unidos, onde também realizei exposição na Hot House Gallery de Indianapolis e mantive studio em Muncie.
Foi um período de muitas viagens, conhecimento e contatos culturais diversos. De certa forma mais intuí do que exercitei arte. Ao invés da praxis, a leitura, o pensar, o estudo rápido, a anotação... hoje material crú para o suporte.


Aqui, um projeto pequeno de um vídeo!.... Mostro passos de tango que são de certa forma a inspiração de muitos trabalhos realizados no último ano. Mas interessante porque o que é mostrado não corresponde exatamente ao que fiz. Aí vejo o quanto é dificil a edição destes trabalhos. Não é e nunca será meu objetivo primeiro a realização de vídeos mas apenas um complemento às minhas pinturas e desenhos.